A velocidade dos veículos em áreas urbanas é um fator determinante para a segurança no trânsito. No Scream 2024, o impacto da velocidade nas colisões e atropelamentos foi um dos temas abordados, trazendo dados que mostram como pequenas reduções podem significar a diferença entre a vida e a morte.
Durante o evento, Pablo Souza, secretário de mobilidade de Salvador, destacou a relação entre a distância de frenagem e a gravidade dos acidentes. “Se um carro identifica um pedestre a 30 metros e está a 60 km/h, ele não consegue parar a tempo. A 50 km/h, o pedestre tem ferimentos graves. A 40 km/h, o veículo já pode parar sem atropelar”, explicou Souza. Ele reforçou que as decisões de gestão pública sobre a redução da velocidade não têm o objetivo de gerar multas, mas sim de evitar tragédias: “Quando a prefeitura reduz a velocidade, não é por indústria da multa. É para salvar vidas.”
Estudos globais apontam que, em uma colisão com um pedestre, a probabilidade de morte cai drasticamente quando a velocidade do veículo é reduzida. Em cidades como Paris e Buenos Aires, medidas para diminuir os limites em vias urbanas já demonstram efeitos positivos na segurança viária.
O debate sobre mobilidade urbana segura continua sendo um desafio, especialmente em um cenário onde há resistência à redução da velocidade. No entanto, os dados são claros: quanto menor a velocidade, maior a chance de evitar acidentes fatais.