Fotografia/ Francisco Moreira e Gilberto Silva
O transporte urbano é um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa nas cidades. Em Salvador, por exemplo, os deslocamentos de pessoas e cargas representam 58% das emissões, segundo o inventário oficial da cidade. O dado, apresentado no Scream 2024, evidencia o peso das escolhas diárias da população no impacto ambiental.
Pablo Souza, secretário de Mobilidade de Salvador, destacou a urgência do tema durante sua fala no evento. “Esse é o inventário de gases de efeito estufa em Salvador. A maior contribuição vem do transporte. 58% das emissões vêm do transporte de pessoas e carga. A gente pede no Amazon, compra na internet… tudo isso é transporte. 60% do impacto ambiental da cidade está na forma como nos deslocamos”, afirmou.
A discussão sobre mobilidade sustentável ganha ainda mais relevância em um cenário de crise climática. Cidades ao redor do mundo estão buscando alternativas, como a eletrificação do transporte público, expansão de ciclovias e incentivo ao uso de combustíveis menos poluentes.
O desafio, no entanto, vai além da infraestrutura. É preciso mudar hábitos e mentalidades. Pequenas escolhas individuais, como optar pelo transporte coletivo, andar de bicicleta ou até mesmo priorizar compras locais para reduzir a necessidade de transporte de cargas, podem fazer a diferença no longo prazo.
A questão que fica é: como podemos repensar nossas cidades para que a mobilidade seja mais eficiente e menos agressiva ao meio ambiente? O debate segue aberto, mas uma coisa é certa: o futuro das cidades depende das decisões tomadas hoje.