Fotografia/Francisco Moreira e Gilberto Silva
A inteligência artificial (IA) tem revolucionado diversas áreas, e a publicidade não fica de fora. No Scream 2024, especialistas discutiram o impacto da IA na produção de jingles e o que esperar do futuro da área.
Moisés Solto, da Sagaz Sound Design, Marquinhos Carvalho, da Bom para Caramba, e Luis Moreira, diretor operacional da Nova Brasil FM, compartilham suas visões sobre o tema.
“A IA é uma ferramenta que pode nos ajudar a ter mais possibilidades na produção, mas não podemos deixar que ela tire empregos de ninguém”, ponderou Moisés Solto. “Na Sagaz, usamos a IA para mudar timbres de voz, mas nunca para substituir um locutor”.
Marquinhos Carvalho, por sua vez, expressou sua preocupação com a qualidade dos jingles gerados por IA: “Já ouvi jingles feitos por IA com um som muito ruim, como se estivesse dentro de um caminhão de areia. É preciso ter cuidado para não cair na armadilha de usar a IA apenas para cortar custos”.
Luis Moreira, da Nova Brasil FM, destacou que a IA pode ser uma aliada na criação de jingles mais criativos e personalizados: “Com a IA, podemos analisar dados e tendências para criar jingles que realmente se conectem com o público. Mas é fundamental que os profissionais estejam preparados para usar essa ferramenta de forma ética e responsável”.
O debate no Scream 2024 deixou claro que a IA é uma realidade na produção de jingles, e que seu uso pode trazer benefícios como agilidade, personalização e acesso a novas tecnologias. No entanto, é preciso estar atento aos desafios éticos e garantir que a IA seja utilizada como uma ferramenta para aprimorar o trabalho dos profissionais, e não para substituí-los.
O futuro dos jingles está nas mãos dos profissionais que souberem usar a IA de forma inteligente e criativa, combinando o poder da tecnologia com a sensibilidade humana para criar músicas que toquem o coração das pessoas.