Entre Fatos e Sentimentos

Por que existem momentos em que você acredita que nem vale a pena falar?

Para decidir o que falar, avaliamos os ganhos e perdas. Tudo isso é automático e nem percebemos que selecionamos nossas falas. Viver sempre no modo “selecionar as falas” é desgastante e gera insatisfação. Por isso os papos no bar são gratificantes.

Num bar, dependendo do momento, você liga pouco o botão “selecionar as falas”. Nem encontra mais o botão. Mas na reunião de apresentação de resultados para a diretoria, em um ano de crise, o botão estará sempre ativo.

“A relutância por falar ideias relevantes ou questionamentos no ambiente de trabalho é frequentemente atribuída à preocupação dos colaboradores sobre as consequências pessoais”. É o que afirmam os professores Amy C. Edmondson, da Universidade de Harvard e James R. Detert, da Universidade de Cornell, no artigo Implicit Voice Theories: Taken-for-Granted Rules of Self-Censorship at Work (“Teorias de Voz Implícita: Regras Dadas por Pressuposto de Autocensura no Trabalho”). Falar em publico e estar preocupado se seu discurso poderá trazer consequências negativas são reflexos da ação das vozes implícitas que os autores pesquisaram.

É importante saber que o cérebro é uma maquina de sobrevivência. A ordem é sentir primeiro e pensar depois, é o instinto de preservação agindo. Por exemplo: ao escutarmos um barulho de freada próximo ao nosso carro, entramos em estado de alerta – primeiro vem o sentimento e depois o pensamento. 

Entre fatos e sentimentos, o sentimento carrega um peso maior. Por isso, selecionamos as nossas falas em função da percepção de ganho ou perda que temos do histórico de nossas vidas em ambientes diferentes.

O sociólogo Peter Berger, em seu livro Perspectiva Sociológica, comenta que em cada ambiente é criado um conjunto de regras que moldam as nossas ações, preferências, expectativas e atitudes intimamente ligadas ao papel que cada um de nós assume na sociedade. 

Fica evidente que atuamos com um repertorio de papéis em locais diferentes. Atuamos em cada cena específica de acordo com o nosso papel no momento e os outros personagens são esquecidos enquanto durar a cena.

Portanto, é importante entender o seu limite de ação ao buscar melhorar sua vida profissional. Saiba que poderá mudar o script do seu personagem e a peça em que prefere atuar. Busque o melhor de si em ambientes que fazem o ser humano, ser humano.

Roberto Camanho

Roberto Camanho é atualmente é Professor e Coordenador do Hub de Inovação do curso de Administração da ESPM- Escola Superior de Propaganda e Marketing.

Mestre em gestão de inovação e engenheiro mecânico pela FEI- Faculdade de Engenharia Industral, se especializou em metodologias para decisões de grande impacto nas organizações com a equipe do Dr. Thomas Saaty da Wharton Business School. Foi pioneiro no Brasil, conduzindo decisões estratégicas com metodologias multicritério, envolvendo orçamentos de bilhões de reais. Seu trabalho já extrapolou as fronteiras do país e ganhou expressão nos EUA, Canadá, Europa e Ásia. 

https://www.linkedin.com/in/robertocamanho/

https://www.facebook.com/roberto.camanho.3

https://www.instagram.com/robertocamanho/

Entre Fatos e Sentimentos

Por que existem momentos em que você acredita que nem vale a pena falar?

Para decidir o que falar, avaliamos os ganhos e perdas. Tudo isso é automático e nem percebemos que selecionamos nossas falas. Viver sempre no modo “selecionar as falas” é desgastante e gera insatisfação. Por isso os papos no bar são gratificantes.

Num bar, dependendo do momento, você liga pouco o botão “selecionar as falas”. Nem encontra mais o botão. Mas na reunião de apresentação de resultados para a diretoria, em um ano de crise, o botão estará sempre ativo.

“A relutância por falar ideias relevantes ou questionamentos no ambiente de trabalho é frequentemente atribuída à preocupação dos colaboradores sobre as consequências pessoais”. É o que afirmam os professores Amy C. Edmondson, da Universidade de Harvard e James R. Detert, da Universidade de Cornell, no artigo Implicit Voice Theories: Taken-for-Granted Rules of Self-Censorship at Work (“Teorias de Voz Implícita: Regras Dadas por Pressuposto de Autocensura no Trabalho”). Falar em publico e estar preocupado se seu discurso poderá trazer consequências negativas são reflexos da ação das vozes implícitas que os autores pesquisaram.

É importante saber que o cérebro é uma maquina de sobrevivência. A ordem é sentir primeiro e pensar depois, é o instinto de preservação agindo. Por exemplo: ao escutarmos um barulho de freada próximo ao nosso carro, entramos em estado de alerta – primeiro vem o sentimento e depois o pensamento. 

Entre fatos e sentimentos, o sentimento carrega um peso maior. Por isso, selecionamos as nossas falas em função da percepção de ganho ou perda que temos do histórico de nossas vidas em ambientes diferentes.

O sociólogo Peter Berger, em seu livro Perspectiva Sociológica, comenta que em cada ambiente é criado um conjunto de regras que moldam as nossas ações, preferências, expectativas e atitudes intimamente ligadas ao papel que cada um de nós assume na sociedade. 

Fica evidente que atuamos com um repertorio de papéis em locais diferentes. Atuamos em cada cena específica de acordo com o nosso papel no momento e os outros personagens são esquecidos enquanto durar a cena.

Portanto, é importante entender o seu limite de ação ao buscar melhorar sua vida profissional. Saiba que poderá mudar o script do seu personagem e a peça em que prefere atuar. Busque o melhor de si em ambientes que fazem o ser humano, ser humano.

Roberto Camanho

 

Roberto Camanho é atualmente é Professor e Coordenador do Hub de Inovação do curso de Administração da ESPM- Escola Superior de Propaganda e Marketing.

Mestre em gestão de inovação e engenheiro mecânico pela FEI- Faculdade de Engenharia Industral, se especializou em metodologias para decisões de grande impacto nas organizações com a equipe do Dr. Thomas Saaty da Wharton Business School. Foi pioneiro no Brasil, conduzindo decisões estratégicas com metodologias multicritério, envolvendo orçamentos de bilhões de reais. Seu trabalho já extrapolou as fronteiras do país e ganhou expressão nos EUA, Canadá, Europa e Ásia. 

https://www.linkedin.com/in/robertocamanho/

https://www.facebook.com/roberto.camanho.3

https://www.instagram.com/robertocamanho/

Entre Fatos e Sentimentos

Por que existem momentos em que você acredita que nem vale a pena falar?

Para decidir o que falar, avaliamos os ganhos e perdas. Tudo isso é automático e nem percebemos que selecionamos nossas falas. Viver sempre no modo “selecionar as falas” é desgastante e gera insatisfação. Por isso os papos no bar são gratificantes.

Num bar, dependendo do momento, você liga pouco o botão “selecionar as falas”. Nem encontra mais o botão. Mas na reunião de apresentação de resultados para a diretoria, em um ano de crise, o botão estará sempre ativo.

“A relutância por falar ideias relevantes ou questionamentos no ambiente de trabalho é frequentemente atribuída à preocupação dos colaboradores sobre as consequências pessoais”. É o que afirmam os professores Amy C. Edmondson, da Universidade de Harvard e James R. Detert, da Universidade de Cornell, no artigo Implicit Voice Theories: Taken-for-Granted Rules of Self-Censorship at Work (“Teorias de Voz Implícita: Regras Dadas por Pressuposto de Autocensura no Trabalho”). Falar em publico e estar preocupado se seu discurso poderá trazer consequências negativas são reflexos da ação das vozes implícitas que os autores pesquisaram.

É importante saber que o cérebro é uma maquina de sobrevivência. A ordem é sentir primeiro e pensar depois, é o instinto de preservação agindo. Por exemplo: ao escutarmos um barulho de freada próximo ao nosso carro, entramos em estado de alerta – primeiro vem o sentimento e depois o pensamento. 

Entre fatos e sentimentos, o sentimento carrega um peso maior. Por isso, selecionamos as nossas falas em função da percepção de ganho ou perda que temos do histórico de nossas vidas em ambientes diferentes.

O sociólogo Peter Berger, em seu livro Perspectiva Sociológica, comenta que em cada ambiente é criado um conjunto de regras que moldam as nossas ações, preferências, expectativas e atitudes intimamente ligadas ao papel que cada um de nós assume na sociedade. 

Fica evidente que atuamos com um repertorio de papéis em locais diferentes. Atuamos em cada cena específica de acordo com o nosso papel no momento e os outros personagens são esquecidos enquanto durar a cena.

Portanto, é importante entender o seu limite de ação ao buscar melhorar sua vida profissional. Saiba que poderá mudar o script do seu personagem e a peça em que prefere atuar. Busque o melhor de si em ambientes que fazem o ser humano, ser humano.

Roberto Camanho


Roberto Camanho é atualmente é Professor e Coordenador do Hub de Inovação do curso de

Administração da ESPM- Escola Superior de Propaganda e Marketing.

Mestre em gestão de inovação e engenheiro mecânico pela FEI- Faculdade de Engenharia Industral, se especializou em metodologias para decisões de grande impacto nas organizações com a equipe do Dr. Thomas Saaty da Wharton Business School. Foi pioneiro no Brasil, conduzindo decisões estratégicas com metodologias multicritério, envolvendo orçamentos de bilhões de reais. Seu trabalho já extrapolou as fronteiras do país e ganhou expressão nos EUA, Canadá, Europa e Ásia. 

https://www.linkedin.com/in/robertocamanho/

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