Apesar do crescimento nacional de 23% no mercado de mídia, esta taxa não foi homogênea em todo o país, e mercados regionais, como o baiano, apresentam um cenário desafiador. Essa é a visão de Cristiana Chaves, Presidente do Grupo de Mídia da Bahia.
A executiva destaca que o início do ano foi particularmente difícil para o mercado baiano. “Tivemos um começo de ano muito desafiador aqui na Bahia. O mercado segue sendo desafiador, mas tenho observado campanhas com novos anunciantes na nossa praça”, revela Cristiana. Este cenário reflete uma dinâmica de mercado muito pautada pelas sazonalidades e uma realidade em que parte das decisões de mídias veiculadas para o público baiano são tomadas fora da Bahia.
De acordo com o CENP, os dados do primeiro trimestre do ano sinalizam um recorde nos negócios desde a retomada pós-pandemia e indicam que o ano deve seguir em ritmo de intensa movimentação, especialmente com eventos como a Olimpíada e as datas de compras do segundo semestre, Black Friday e Natal. Esses eventos também devem influenciar positivamente o ambiente publicitário baiano, segundo Cristiana.
Além destas datas gerais, o mercado local tem picos em datas como o Carnaval e o São João, eventos que movimentam intensamente orçamentos de campanhas publicitárias para o público local, mas parte desta verba é gerenciada por agências de outros estados e veiculadas por empresas de fora da Bahia.
Observando detalhadamente os dados do CENP, é possível verificar que quase todos os meios apresentaram uma dinâmica positiva: a Internet, por exemplo, registrou movimentação significativa de R$ 1,660 bilhão em compra de mídia, ampliando sua participação para 36,3% no bolo publicitário. Por sua vez, a televisão aberta continua liderando os investimentos, com R$ 1,937 bilhão em faturamento e 42,4% de share, demonstrando resiliência e adaptabilidade no cenário atual.
Este ambiente com cada vez mais possibilidades de mídias, exige que os profissionais se mantenham atualizados. Por isso, Cristiana Chaves afirma: “estudem, sejam curiosos, façam cursos e estejam inseridos em movimentos como o Grupo de Mídia Bahia”. Ela enfatiza a importância de compreender não apenas as técnicas de mídia, mas também o contexto social e cultural da região. “Entendam de pessoas, do mundo onde estão inseridos. Mídia é sobre pessoas”, reforça Chaves.