A colaboração do profissional do ESG e da sustentabilidade

Na rotina de aulas, palestras, consultorias e mentorias, o questionamento de como se tornar um profissional pelo desenvolvimento sustentável para trabalhar em um departamento de ESG ou sustentabilidade em uma grande empresa tem sido frequente. 

Algumas empresas de cursos, inclusive, vêm investindo bastante para que mais e mais pessoas sejam formadas nas temáticas que abrangem as questões ambientais, sociais e de governança de uma empresa. E o mercado tem apresentado algumas oportunidades de trabalho, pois cada vez mais as altas lideranças das empresas estão entendendo que, em uma gestão complexa, a necessidade de um gestor que supervisione e controle estes fatores é fundamental.

Em um estudo da Deloitte de 2022, 75% dos executivos responderam que, no ano marcado pela guerra na Ucrânia, a economia mundial foi abalada e o preço das matérias primas disparou. Nesta pesquisa com mais de dois mil executivos C-level, 44% dos entrevistados colocaram que questões climáticas são um dos maiores desafios, à frente de inovação (36%) e o talento (34%). E que 75% das empresas aumentaram o investimento na sustentabilidade, apesar da guerra.

Para corroborar com este aumento de importância da temática, o Google Cloud, braço do Google de armazenamento na nuvem, fez um estudo com a consultoria The Harris Poll, em 2023, com mais de 1.400 executivos C-level em todo mundo. 69% dos entrevistados colocam que conhecer temas sobre sustentabilidade é necessário para o sucesso. Já 62% dos executivos brasileiros que participaram da pesquisa afirmam que a liderança forte é fundamental para que as organizações avancem nas metas internas de sustentabilidade. Neste ponto, a porcentagem dos C-levels brasileiros é maior que a média mundial, que é 50%. Porém, 45% destes entrevistados dizem que não têm acesso ao talento ideal para auxiliá-los na implementação.

Mas se temos muitos cursos no mercado atualmente, por que não temos profissionais capacitados para tal?

E nestes papos e debates com nossos colegas e estudantes sabemos que a grande dificuldade é a tal da experiencia. O conhecimento adquirido tecnicamente e conceitualmente, porém aplicado. Transformar o conhecimento em suor e trabalho! 

A agenda 2030 que contém os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é baseada em 5 P’s: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parceria. Mas porque estou retomando este ponto tão já “batido” para quem já conhece a temática?

É para frisar que neste momento o tema da Parceria será fundamental para todas as empresas e profissionais do ESG e para o desenvolvimento sustentável. É muito importante que façamos uma força tarefa para que as empresas possam contratar e treinar mais pessoas. Ou seja, que treinem os profissionais contratados, mesmo sem muita experiência, fazendo com que coloquem “as mãos na massa”. É necessário que as empresas de cursos, faculdades e universidades façam atividades que efetivamente tenham trabalhos experimentais em parceria com empresas. E que os futuros profissionais que queiram entrar na área comecem suas experiencias também fazendo trabalho voluntário em organizações de impacto positivo, como ONGs, escolas públicas, universidade, associações etc. 

E que este movimento de parcerias seja de verdade. 

Tenho encontrado muitos executivos e profissionais de ESG, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável que aparecem muito bem no LinkedIn ou no Instagram como super interessados em parcerias e em ajudar o planeta e as pessoas. Mas sequer respondem mensagens ou simplesmente não conseguem lidar com a comunicação básica de uma empresa como o email ou o whatsapp. E não possuem um relacionamento de ‘ganha, ganha’ com um stakeholder de verdade. Só essas pessoas querem ganhar ou aparecer como no modelo tradicional de algumas firmas. Mas nos textos e nas fotos ficam super bem. É quase um ESG profissional washing ou salvador do planeta washing ou defensor do desenvolvimento sustentável washing

Bom, pode ser ingenuidade minha achar que os profissionais que trabalham com este tema realmente queiram fazer um real desenvolvimento sustentável, incluir mais pessoas, minimizar os impactos ambientais ou fazer a diferença positiva nas empresas. Por esta crença, idealizei duas décadas atrás a Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) para que fosse possível reunir pessoas em parceria para esta missão e visão. Assumi novamente a presidência da Abraps para fomentar e fortalecer ainda mais o trabalho de todos os profissionais que buscam um verdadeiro desenvolvimento sustentável. E tentamos fazer o walk the talk no dia a dia com outros colegas, profissionais, estudantes e empresas. Vamos juntos no desenvolvimento profissional para a sustentabilidade.

*Marcus Nakagawa é professor doutor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e presidente da Abraps; idealizador da Plataforma Dias Mais Sustentáveis; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Autor dos livros: Marketing para Ambientes Disruptivos, Administração por Competências e 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo (Prêmio Jabuti 2019).

www.marcusnakagawa.com, www.diasmaissustentaveis.com@ProfNaka

A colaboração do profissional do ESG e da sustentabilidade

Na rotina de aulas, palestras, consultorias e mentorias, o questionamento de como se tornar um profissional pelo desenvolvimento sustentável para trabalhar em um departamento de ESG ou sustentabilidade em uma grande empresa tem sido frequente. 

Algumas empresas de cursos, inclusive, vêm investindo bastante para que mais e mais pessoas sejam formadas nas temáticas que abrangem as questões ambientais, sociais e de governança de uma empresa. E o mercado tem apresentado algumas oportunidades de trabalho, pois cada vez mais as altas lideranças das empresas estão entendendo que, em uma gestão complexa, a necessidade de um gestor que supervisione e controle estes fatores é fundamental.

Em um estudo da Deloitte de 2022, 75% dos executivos responderam que, no ano marcado pela guerra na Ucrânia, a economia mundial foi abalada e o preço das matérias primas disparou. Nesta pesquisa com mais de dois mil executivos C-level, 44% dos entrevistados colocaram que questões climáticas são um dos maiores desafios, à frente de inovação (36%) e o talento (34%). E que 75% das empresas aumentaram o investimento na sustentabilidade, apesar da guerra.

Para corroborar com este aumento de importância da temática, o Google Cloud, braço do Google de armazenamento na nuvem, fez um estudo com a consultoria The Harris Poll, em 2023, com mais de 1.400 executivos C-level em todo mundo. 69% dos entrevistados colocam que conhecer temas sobre sustentabilidade é necessário para o sucesso. Já 62% dos executivos brasileiros que participaram da pesquisa afirmam que a liderança forte é fundamental para que as organizações avancem nas metas internas de sustentabilidade. Neste ponto, a porcentagem dos C-levels brasileiros é maior que a média mundial, que é 50%. Porém, 45% destes entrevistados dizem que não têm acesso ao talento ideal para auxiliá-los na implementação.

Mas se temos muitos cursos no mercado atualmente, por que não temos profissionais capacitados para tal?

E nestes papos e debates com nossos colegas e estudantes sabemos que a grande dificuldade é a tal da experiencia. O conhecimento adquirido tecnicamente e conceitualmente, porém aplicado. Transformar o conhecimento em suor e trabalho! 

A agenda 2030 que contém os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é baseada em 5 P’s: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parceria. Mas porque estou retomando este ponto tão já “batido” para quem já conhece a temática?

É para frisar que neste momento o tema da Parceria será fundamental para todas as empresas e profissionais do ESG e para o desenvolvimento sustentável. É muito importante que façamos uma força tarefa para que as empresas possam contratar e treinar mais pessoas. Ou seja, que treinem os profissionais contratados, mesmo sem muita experiência, fazendo com que coloquem “as mãos na massa”. É necessário que as empresas de cursos, faculdades e universidades façam atividades que efetivamente tenham trabalhos experimentais em parceria com empresas. E que os futuros profissionais que queiram entrar na área comecem suas experiencias também fazendo trabalho voluntário em organizações de impacto positivo, como ONGs, escolas públicas, universidade, associações etc. 

E que este movimento de parcerias seja de verdade. 

Tenho encontrado muitos executivos e profissionais de ESG, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável que aparecem muito bem no LinkedIn ou no Instagram como super interessados em parcerias e em ajudar o planeta e as pessoas. Mas sequer respondem mensagens ou simplesmente não conseguem lidar com a comunicação básica de uma empresa como o email ou o whatsapp. E não possuem um relacionamento de ‘ganha, ganha’ com um stakeholder de verdade. Só essas pessoas querem ganhar ou aparecer como no modelo tradicional de algumas firmas. Mas nos textos e nas fotos ficam super bem. É quase um ESG profissional washing ou salvador do planeta washing ou defensor do desenvolvimento sustentável washing

Bom, pode ser ingenuidade minha achar que os profissionais que trabalham com este tema realmente queiram fazer um real desenvolvimento sustentável, incluir mais pessoas, minimizar os impactos ambientais ou fazer a diferença positiva nas empresas. Por esta crença, idealizei duas décadas atrás a Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) para que fosse possível reunir pessoas em parceria para esta missão e visão. Assumi novamente a presidência da Abraps para fomentar e fortalecer ainda mais o trabalho de todos os profissionais que buscam um verdadeiro desenvolvimento sustentável. E tentamos fazer o walk the talk no dia a dia com outros colegas, profissionais, estudantes e empresas. Vamos juntos no desenvolvimento profissional para a sustentabilidade.

*Marcus Nakagawa é professor doutor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e presidente da Abraps; idealizador da Plataforma Dias Mais Sustentáveis; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Autor dos livros: Marketing para Ambientes Disruptivos, Administração por Competências e 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo (Prêmio Jabuti 2019).

www.marcusnakagawa.com, www.diasmaissustentaveis.com

@ProfNaka

A colaboração do profissional do ESG e da sustentabilidade

Na rotina de aulas, palestras, consultorias e mentorias, o questionamento de como se tornar um profissional pelo desenvolvimento sustentável para trabalhar em um departamento de ESG ou sustentabilidade em uma grande empresa tem sido frequente. 

Algumas empresas de cursos, inclusive, vêm investindo bastante para que mais e mais pessoas sejam formadas nas temáticas que abrangem as questões ambientais, sociais e de governança de uma empresa. E o mercado tem apresentado algumas oportunidades de trabalho, pois cada vez mais as altas lideranças das empresas estão entendendo que, em uma gestão complexa, a necessidade de um gestor que supervisione e controle estes fatores é fundamental.

Em um estudo da Deloitte de 2022, 75% dos executivos responderam que, no ano marcado pela guerra na Ucrânia, a economia mundial foi abalada e o preço das matérias primas disparou. Nesta pesquisa com mais de dois mil executivos C-level, 44% dos entrevistados colocaram que questões climáticas são um dos maiores desafios, à frente de inovação (36%) e o talento (34%). E que 75% das empresas aumentaram o investimento na sustentabilidade, apesar da guerra.

Para corroborar com este aumento de importância da temática, o Google Cloud, braço do Google de armazenamento na nuvem, fez um estudo com a consultoria The Harris Poll, em 2023, com mais de 1.400 executivos C-level em todo mundo. 69% dos entrevistados colocam que conhecer temas sobre sustentabilidade é necessário para o sucesso. Já 62% dos executivos brasileiros que participaram da pesquisa afirmam que a liderança forte é fundamental para que as organizações avancem nas metas internas de sustentabilidade. Neste ponto, a porcentagem dos C-levels brasileiros é maior que a média mundial, que é 50%. Porém, 45% destes entrevistados dizem que não têm acesso ao talento ideal para auxiliá-los na implementação.

Mas se temos muitos cursos no mercado atualmente, por que não temos profissionais capacitados para tal?

E nestes papos e debates com nossos colegas e estudantes sabemos que a grande dificuldade é a tal da experiencia. O conhecimento adquirido tecnicamente e conceitualmente, porém aplicado. Transformar o conhecimento em suor e trabalho! 

A agenda 2030 que contém os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é baseada em 5 P’s: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parceria. Mas porque estou retomando este ponto tão já “batido” para quem já conhece a temática?

É para frisar que neste momento o tema da Parceria será fundamental para todas as empresas e profissionais do ESG e para o desenvolvimento sustentável. É muito importante que façamos uma força tarefa para que as empresas possam contratar e treinar mais pessoas. Ou seja, que treinem os profissionais contratados, mesmo sem muita experiência, fazendo com que coloquem “as mãos na massa”. É necessário que as empresas de cursos, faculdades e universidades façam atividades que efetivamente tenham trabalhos experimentais em parceria com empresas. E que os futuros profissionais que queiram entrar na área comecem suas experiencias também fazendo trabalho voluntário em organizações de impacto positivo, como ONGs, escolas públicas, universidade, associações etc. 

E que este movimento de parcerias seja de verdade. 

Tenho encontrado muitos executivos e profissionais de ESG, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável que aparecem muito bem no LinkedIn ou no Instagram como super interessados em parcerias e em ajudar o planeta e as pessoas. Mas sequer respondem mensagens ou simplesmente não conseguem lidar com a comunicação básica de uma empresa como o email ou o whatsapp. E não possuem um relacionamento de ‘ganha, ganha’ com um stakeholder de verdade. Só essas pessoas querem ganhar ou aparecer como no modelo tradicional de algumas firmas. Mas nos textos e nas fotos ficam super bem. É quase um ESG profissional washing ou salvador do planeta washing ou defensor do desenvolvimento sustentável washing

Bom, pode ser ingenuidade minha achar que os profissionais que trabalham com este tema realmente queiram fazer um real desenvolvimento sustentável, incluir mais pessoas, minimizar os impactos ambientais ou fazer a diferença positiva nas empresas. Por esta crença, idealizei duas décadas atrás a Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) para que fosse possível reunir pessoas em parceria para esta missão e visão. Assumi novamente a presidência da Abraps para fomentar e fortalecer ainda mais o trabalho de todos os profissionais que buscam um verdadeiro desenvolvimento sustentável. E tentamos fazer o walk the talk no dia a dia com outros colegas, profissionais, estudantes e empresas. Vamos juntos no desenvolvimento profissional para a sustentabilidade.

*Marcus Nakagawa é professor doutor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e presidente da Abraps; idealizador da Plataforma Dias Mais Sustentáveis; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Autor dos livros: Marketing para Ambientes Disruptivos, Administração por Competências e 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo (Prêmio Jabuti 2019).

www.marcusnakagawa.com, www.diasmaissustentaveis.com@ProfNaka