Mais vale um soft skill na mão, do que duas hard skills voando
Já sentiu, em algum momento da sua vida profissional, que suas competências técnicas estavam defasadas? Percebeu que – por uma fração de tempo – demorou para entender o funcionamento de alguma tecnologia?
Se você é da Geração X ou início da Millenium, com certeza, passou por essas sensações, como se tivesse sido engolido por diversas ondas de transformação.
Eu faço parte da geração que vivenciou a mudança do analógico para o digital, que viu a mudança do LP e fita cassete, carregada no Walkman, para o CD e do CD para o MP3, que depois virou MP4 e, por fim, foi derrubado pelos smartphones.
Para minha geração, o cinema era um lugar de experiência em que se buscava encontrar o inusitado, a emoção máxima, a montanha russa do suspense, o susto do terror ou o choro do drama. Muitos viveram tórridos romances nessas salas escuras, que aos poucos perderam espaço para o videocassete e os famosos blockbusters, incrementados pelo home-theater, que foi substituído pela TV Led, depois pela tela plana até chegar na 4K, ou ainda nos óculos de realidade virtual, migrando por fim para o Netflix que se vê no celular.
Entrei na faculdade pensando o planejamento publicitário como uma construção offline, com pouco ou quase nenhum dado disponível, mas que esbanjava criatividade. E sai da faculdade usando computador, construindo planilhas e desenhando estratégias com uma agilidade que era inalcançável anteriormente.
Os colegas de criação viveram uma avalanche de mudanças, da arte-finalização manual com o famoso paspatur para construção do layout no computador, com o encaminhamento do arquivo para a gráfica primeiro por disquete, depois internet.
Muita coisa mudou e que bom.
Não sou um saudosista, tenho apenas saudades de algumas situações e não de coisas. Confesso que amo minha internet, meu smartphone e as mudanças velozes que a tecnologia tem trazido.
No entanto, é inegável que há gaps geracionais em relação a introjeção das tecnologias. As gerações posteriores a X e a Millenium têm competências intuitivas que lhes permitem lidar com o digital e as múltiplas telas, com bastante naturalidade. Crianças de menos de 3 anos desbloqueiam smartphones ou tabletes e acessam vídeos, jogos e outros conteúdos como se estivessem manuseando um livro infantil.
Então, vamos lá.
Não dá para acompanhar essa hard skill intuitiva que ao longo da vida dessas gerações se configurará em outras competências mais sofisticadas, elaboradas e aprofundadas. Entretanto, para nossa alegria e conforto é possível sim ficar mais humano.
Como assim mais humano?
Sim, é possível ficar mais empático, mais acolhedor, ter uma escuta mais ativa, promover e ser ponto de fomento à colaboração. E todas essas competências são todas softs skills.
Para reforçar, é possível se tornar um líder melhor, combinando diferentes talentos para encontrar soluções para situações complexas. É possível manter a resiliência em momentos de desalento, ou mesmo juntar pessoas para impulsionar ideias e negócios. Quer dizer, com o passar dos anos é possível ficar cada vez mais humano.
Portanto, penso mesmo que mais vale uma soft skill na mão, que duas hard skills voando por ai. E não se engane, elas irão voar.
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O conteúdo e opinião publicados neste artigo são de inteira responsabilidade do autor ou autora.
Mais vale um soft skill na mão, do que duas hard skills voando
Já sentiu, em algum momento da sua vida profissional, que suas competências técnicas estavam defasadas? Percebeu que – por uma fração de tempo – demorou para entender o funcionamento de alguma tecnologia?
Se você é da Geração X ou início da Millenium, com certeza, passou por essas sensações, como se tivesse sido engolido por diversas ondas de transformação.
Eu faço parte da geração que vivenciou a mudança do analógico para o digital, que viu a mudança do LP e fita cassete, carregada no Walkman, para o CD e do CD para o MP3, que depois virou MP4 e, por fim, foi derrubado pelos smartphones.
Para minha geração, o cinema era um lugar de experiência em que se buscava encontrar o inusitado, a emoção máxima, a montanha russa do suspense, o susto do terror ou o choro do drama. Muitos viveram tórridos romances nessas salas escuras, que aos poucos perderam espaço para o videocassete e os famosos blockbusters, incrementados pelo home-theater, que foi substituído pela TV Led, depois pela tela plana até chegar na 4K, ou ainda nos óculos de realidade virtual, migrando por fim para o Netflix que se vê no celular.
Entrei na faculdade pensando o planejamento publicitário como uma construção offline, com pouco ou quase nenhum dado disponível, mas que esbanjava criatividade. E sai da faculdade usando computador, construindo planilhas e desenhando estratégias com uma agilidade que era inalcançável anteriormente.
Os colegas de criação viveram uma avalanche de mudanças, da arte-finalização manual com o famoso paspatur para construção do layout no computador, com o encaminhamento do arquivo para a gráfica primeiro por disquete, depois internet.
Muita coisa mudou e que bom.
Não sou um saudosista, tenho apenas saudades de algumas situações e não de coisas. Confesso que amo minha internet, meu smartphone e as mudanças velozes que a tecnologia tem trazido.
No entanto, é inegável que há gaps geracionais em relação a introjeção das tecnologias. As gerações posteriores a X e a Millenium têm competências intuitivas que lhes permitem lidar com o digital e as múltiplas telas, com bastante naturalidade. Crianças de menos de 3 anos desbloqueiam smartphones ou tabletes e acessam vídeos, jogos e outros conteúdos como se estivessem manuseando um livro infantil.
Então, vamos lá.
Não dá para acompanhar essa hard skill intuitiva que ao longo da vida dessas gerações se configurará em outras competências mais sofisticadas, elaboradas e aprofundadas. Entretanto, para nossa alegria e conforto é possível sim ficar mais humano.
Como assim mais humano?
Sim, é possível ficar mais empático, mais acolhedor, ter uma escuta mais ativa, promover e ser ponto de fomento à colaboração. E todas essas competências são todas softs skills.
Para reforçar, é possível se tornar um líder melhor, combinando diferentes talentos para encontrar soluções para situações complexas. É possível manter a resiliência em momentos de desalento, ou mesmo juntar pessoas para impulsionar ideias e negócios. Quer dizer, com o passar dos anos é possível ficar cada vez mais humano.
Portanto, penso mesmo que mais vale uma soft skill na mão, que duas hard skills voando por ai. E não se engane, elas irão voar.
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O conteúdo e opinião publicados neste artigo são de inteira responsabilidade do autor ou autora.
Mais vale um soft skill na mão, do que duas hard skills voando
Já sentiu, em algum momento da sua vida profissional, que suas competências técnicas estavam defasadas? Percebeu que – por uma fração de tempo – demorou para entender o funcionamento de alguma tecnologia?
Se você é da Geração X ou início da Millenium, com certeza, passou por essas sensações, como se tivesse sido engolido por diversas ondas de transformação.
Eu faço parte da geração que vivenciou a mudança do analógico para o digital, que viu a mudança do LP e fita cassete, carregada no Walkman, para o CD e do CD para o MP3, que depois virou MP4 e, por fim, foi derrubado pelos smartphones.
Para minha geração, o cinema era um lugar de experiência em que se buscava encontrar o inusitado, a emoção máxima, a montanha russa do suspense, o susto do terror ou o choro do drama. Muitos viveram tórridos romances nessas salas escuras, que aos poucos perderam espaço para o videocassete e os famosos blockbusters, incrementados pelo home-theater, que foi substituído pela TV Led, depois pela tela plana até chegar na 4K, ou ainda nos óculos de realidade virtual, migrando por fim para o Netflix que se vê no celular.
Entrei na faculdade pensando o planejamento publicitário como uma construção offline, com pouco ou quase nenhum dado disponível, mas que esbanjava criatividade. E sai da faculdade usando computador, construindo planilhas e desenhando estratégias com uma agilidade que era inalcançável anteriormente.
Os colegas de criação viveram uma avalanche de mudanças, da arte-finalização manual com o famoso paspatur para construção do layout no computador, com o encaminhamento do arquivo para a gráfica primeiro por disquete, depois internet.
Muita coisa mudou e que bom.
Não sou um saudosista, tenho apenas saudades de algumas situações e não de coisas. Confesso que amo minha internet, meu smartphone e as mudanças velozes que a tecnologia tem trazido.
No entanto, é inegável que há gaps geracionais em relação a introjeção das tecnologias. As gerações posteriores a X e a Millenium têm competências intuitivas que lhes permitem lidar com o digital e as múltiplas telas, com bastante naturalidade. Crianças de menos de 3 anos desbloqueiam smartphones ou tabletes e acessam vídeos, jogos e outros conteúdos como se estivessem manuseando um livro infantil.
Então, vamos lá.
Não dá para acompanhar essa hard skill intuitiva que ao longo da vida dessas gerações se configurará em outras competências mais sofisticadas, elaboradas e aprofundadas. Entretanto, para nossa alegria e conforto é possível sim ficar mais humano.
Como assim mais humano?
Sim, é possível ficar mais empático, mais acolhedor, ter uma escuta mais ativa, promover e ser ponto de fomento à colaboração. E todas essas competências são todas softs skills.
Para reforçar, é possível se tornar um líder melhor, combinando diferentes talentos para encontrar soluções para situações complexas. É possível manter a resiliência em momentos de desalento, ou mesmo juntar pessoas para impulsionar ideias e negócios. Quer dizer, com o passar dos anos é possível ficar cada vez mais humano.
Portanto, penso mesmo que mais vale uma soft skill na mão, que duas hard skills voando por ai. E não se engane, elas irão voar.
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O conteúdo e opinião publicados neste artigo são de inteira responsabilidade do autor ou autora.